09 dezembro 2013

"A menina que roubava livros", Markus Zusak

"A menina que roubava livros"
Markus Zusak
Editora Intrínseca
Brochura, 480 páginas, Ano: 2007, ISBN: 9788598078175
Média do preço: R$29,90 (promoção R$24,90)
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5 estrelas
Sinopse:
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história. História que, nas palavras dirigidas ao leitor pela ceifadora de almas no início de A menina que roubava livros, "é um dentre a pequena legião que carrego, cada qual extraordinário por si só. Cada qual uma tentativa - uma tentativa que é um salto gigantesco - de me provar que você e a sua existência humana valem a pena".
E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.
Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
Nunca um livro me fez soluçar tanto por tanto tempo seguido. Parece que eu ia colocar toda a minha vida para fora de mim. Foi lindo e surpreendentemente trágico, tudo o que é totalmente perigoso para tornar um livro bom.

Emocionante. Triste. Brilhante.

Não, não é apenas porque o filme vai lançar em janeiro que eu li o livro, é um dos motivos, mas não é O MOTIVO. Desde 2007 que eu quero ler esse livro, mas só surgiu a oportunidade esse ano, quando eu o comprei. Enfim, “A menina que roubava livros” se trata da história de uma menina que mesmo vivendo em um país violento e em guerra, escapou da morte por diversas vezes. Quem narra a história é a própria morte, que sente uma estranha empatia por Liesel Meminger, a personagem principal. O que acontece é que a Morte conhece Liesel em 1939, quando Liesel, sua mãe e seu irmão estavam a caminho de Molching, o nome do novo lar da menina e seu irmão, porém, o que elas não estavam contando era com a morte do irmão de Liesel, desde tão nova, a menina já estava encarando a morte de frente. Na ocasião do enterro de seu irmão, Liesel enxerga um livro no chão e o pega rapidamente, mesmo sem saber ler ela o pega. Liesel tem de se separar de sua mãe e ser mandada para um novo lar, o lar de seus novos pais Hans e Rosa Hubermann. A partir de então, Liesel vai crescendo em meio aos gritos e palavrões de sua nova “mamãe” e ao carinho e compreensão de novo “papai”. Ao ter pesadelos, seu pai vai até ela e a acalma, limpa suas cobertas por conta da urina dela ao ter esses pesadelos e fica com ela até ela dormir, ensina a menina a ler, mesmo não tendo lá uma educação brilhante. Enquanto isso, a menina passa a freqüentar o colégio local e em sua rua, Himmel, ela joga futebol com as crianças, uma delas se torna seu melhor amigo, Rudy Steiner. Rudy começa a ajudar Liesel a roubar seus livros e Liesel ajuda sua mãe a entregar roupas (que ela mesma lavava e passava) pela cidade, uma delas a casa do prefeito, onde Liesel conhece sua mulher e uma linda biblioteca repleta de livros os quais a menina rouba muitos. Com o decorrer do tempo e a guerra interna do país contra os judeus (entre outros), eles abrigam um judeu, Max Vandenburg, e isso tem de ser escondido de todo mundo e eles passam por verdadeiros desafios para mantê-lo bem em casa. Várias coisas acontecem no mundo de Liesel e ela se mantém forte. A partir daqui eu não posso contar muita coisa, pois tudo será um spoiler, eu só sei que o final me deixou tão depressiva de um modo que eu nem consegui dormir.

A relação dos personagens me fascina, pois eu achei que Liesel iria sofrer muito na casa dos pais adotivos, mas ela acaba encontrando amor, por mais que Rosa seja agressiva, ela ama Liesel e Liesel a ama. Hans, seu papai, é um ótimo papai dentro das circunstâncias, apesar de ter certas coisas no livro que eu fiquei com muita raiva mesmo. Rudy Steiner é aquele amigo chato que ela ama e odeia ao mesmo tempo, e ama mais que tudo. Max Vandenburg acaba se tornando o irmão mais velho de Liesel e a família que o acolhe o ama como se fosse um filho. Até mesmo a relação de Liesel com a mulher do prefeito, Ilsa Hermann me fascina, pois é algo meio mudo, mas cheio de palavras não ditas e significados entre elas.

Com relação à capa, é perfeita. Eu adoro os tons de branco, preto e vermelho, simbolizam muito bem a natureza a história do livro. A diagramação é bem simples, a leitura não é difícil e também não é lá de todo simples. A folha é pólen soft (e eu particularmente adoro essa folha), o que não achei legal foi o peso do livro na hora de ler deitada, simplesmente ficava com os braços doendo.

Eu recomendo esse livro para pessoas que tem certa maturidade, pois eu conheço crianças e até mesmo adolescentes que começaram a ler e não gostaram e a leitura tem de ser entendida, além de ser muito triste e não é lá toda pessoa que gosta disso. Quem gosta de histórias bem contadas, tristes, bonitas e com cunho histórico.



É isso, pessoal. Obrigada pela leitura, é longa, mas eu gosto de dar detalhes sem spoiler, afinal, isso é uma resenha. Espero que tenham gostado.
Até a próxima!
Beijos da Mica :*

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Fortaleza, 24 anos, ariana, intensa, impulsiva, passional, empática, feminista, louca, estranha, artista, livre, mente aberta. Música, audiovisual, fotografia, artes, natureza são minhas paixões. Uma pequena mulher com grandes planos de se aventurar pelo mundo.

 

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